Que culpa tenho eu?

05/08/2016 11:43
 
Por Sergio Weinfuter
 

   Com a experiência de trabalhar no comando de equipes há mais de sete anos, me deparo sempre com pessoas pensando que quando as coisas não saem da forma com eles desejam, podem culpar os outros pelos seus fracassos. Em todos os casos sempre há uma terceira pessoa envolvida que foi culpada pelo mau resultado de alguém e muitas vezes nem está ciente de seu envolvimento “involuntariamente” na derrota de outra pessoa. 

   Pessoas que não conseguem estabelecer um bom padrão para seu desenvolvimento profissional, querem ser reconhecidos e alcançar seus objetivos, mas sem lutar por eles, querem ganhar sem nada dar em troca. Não se preparam, não buscam conhecimentos, não expandem seus horizontes, vivem na zona do conforto, mas quando aparecem oportunidades de subir de cargo, são as primeiras a se candidatarem as vagas.  

   Quando não conseguem alcançar seu sucesso almejado, se tornam profissionais mal-humorados, vivem brigando com todos seus colegas de trabalho e sempre escolhem um deles para bode expiatório. Criticam tudo e todos, culpam seus pares pelos próprios fracassos e veem conspiração em todos os lugares. Reclamam e criticam o trabalho que os demais profissionais fazem, pelo simples fato deles próprios, nada fazerem. 

   Esquecem que as escolhas que fazem são o que vão determinar o sucesso ou o fracasso no ambiente de trabalho e o mau profissional vai ficando pelo caminho, mesmo ele não querendo. Culpar as outras pessoas de nada adianta, quando o único culpado do seu fracasso é ele mesmo.  Vivem se perguntando que culpa tenho eu do meu fracasso? O que devo fazer para conquistar o que desejo? Mas, não procuram pelas respostas. 

   Em algumas palestras motivacionais que realizei encontrei pessoas dizendo que sua motivação era o dinheiro, queriam ganhar mais, ter um melhor emprego, uma melhor oportunidade na empresa, isso sim as motivavam. Mas ao perguntar o que elas estavam fazendo para conseguir atingir seus objetivos, a resposta foi não lógica: Nada.  

  Ora, cem por cento de nada é nada e se quero algo tenho que correr atrás de minhas metas, procurando meios para conseguir o que tanto almejo, isso invariavelmente leva algum tempo para me preparar e consequentemente atingir meu objetivo, seja na vida pessoal ou profissional. 

  Se quero ser reconhecido e lembrado para um cargo melhor e consequentemente um salário melhor, preciso fazer algo diferente do que estou fazendo hoje. Preciso ir em busca de conhecimento, dominar a minha profissão atual e mostrar minha capacidade no que faço agora, para que amanhã possa ser lembrado para um cargo de mais “importância” e com maiores responsabilidades. 

   Não conseguindo me preparar ficando na zona do conforto, como vou esperar que algo novo aconteça comigo, se não estou me preparando para que um dia ele realmente aconteça? Não posso querer colher o que não plantei e não posso exigir ser lembrando se nada faço para isso. 

   A minha melhor opção é me preparar, adquirir conhecimento e mostrar minha competência no que faço hoje, visando o dia de amanhã. Porém ficar culpando os outros pelos seus fracassos em nada vai ajudar e com essa postura o profissional poderá perder uma promoção no futuro.   Não faça a pergunta que culpa tenho eu para quando algo não está saindo conforme o planejado, mas troque ela por outra pergunta melhor e que poderá obter melhores resultados: O que posso fazer para melhor meu desempenho, minha competência, buscar mais conhecimento, ser um melhor profissional? Se encontrar a resposta com toda certeza sua vida será outra e quando menos esperar, a tão almejada promoção virá mais rápido do que você imagina.